Saturday, December 10, 2011

A fantasia de ser dominada

Apesar de não haver duas mulheres com sonhos sexuais iguais, os especialistas apontam que ser possuída à revelia é um desejo secreto de muitas. A fantasia de ser dominada acaba sendo a mais comum entre as mulheres. E diga se de passagem opiniao minha. E a melhor de todasssssss.

Ser arrebatada por um homem rude, que enlace você pela cintura e tire seus pés do chão, arranque sua roupa e a tome com urgência, sem pedir permissão. Ficou com tesão só de imaginar? Antes de se atrever a propor a controvertida aventura ao seu homem, entenda por que ela mexe tanto com a libido feminina e aprenda como armar a cena para ter um clímax tão forte quanto poderoso.

Orgasmo incontrolável

“Sonhar ser dominada coincide com a fantasia de se sentir irresistivelmente sexy”, fala a sexóloga Marina Simas de Lima, do Instituto Paulo Gaudencio, em São Paulo. E, cá entre nós, autoconfiança nas alturas é um afrodisíaco daqueles!
Outro fator excitante: quando a amarram e a obrigam a transar, você não tem o menor controle. A situação é imprevisível, não dá para saber o que virá em seguida... Quem não sente um frio na barriga com o inesperado, o imponderável? “Semana passada, tive uma das transas mais incríveis de toda a minha vida”, conta Diana*, dentista de 27 anos. “Comentei com meu noivo que sempre sonhei ser pega de jeito (e de surpresa) e ele aceitou a missão com um sorriso misterioso no rosto. Quando chegou em casa, na sexta à tarde, nem tocou a campainha. Ao me encontrar arrumando uns livros na estante, envolveu minha cintura por trás, tampou minha boca, me segurou pelo braço e me jogou dobrada nas costas de uma poltrona, sem falar uma palavra. Ainda me impedindo de gritar ou de mexer o corpo, arrancou minha calça junto com a calcinha e me penetrou sem pedir licença, enquanto dava tapas no meu bumbum e me chamava de morena gostosa. Ele mandava, meu corpo respondia. Além de me possuir com movimentos vigorosos, dizia para eu ficar quietinha, sem dar um piu — ou tomaria também meu lado B. O medo despertou sensações que eu nunca havia experimentado. Foi altamente erótico.”
Vale lembrar ainda que esse tipo de brincadeira erótica está ligado à submissão. Portanto, desejar colocá-lo em prática pode ser uma maneira de escapar ou se desconectar da sua identidade real e do stress do cotidiano. Um jeito de abandonar as responsabilidades e se entregar total e absolutamente às vontades do outro, sem precisar pensar, refletir ou tomar decisões. Nada mais relaxante e redentor para mulheres que andam sobrecarregadas de obrigações e tarefas...
A quarta hipótese para explicar o desejo de ser possuída à revelia é que, lá no fundo, algumas de nós considerem o sexo algo sujo ou errado e, inconscientemente, sintam-se culpadas por ter prazer. Então, ao imaginar que estão sendo forçadas a fazer aquilo, se liberam, aproveitando muito mais o rala-e-rola. “Às vezes, representar uma personagem permite deixar de lado ressentimentos, dificuldades no relacionamento, autocensura. Facilita viver as sensações”, fala Marina.

Da fantasia à realidade

Essa transa com pegada forte pode envolver gritos e tapas de mentirinha ou ser mais romântica, quando seu amor amarra você com lenços de seda e atiça seus sentidos aos poucos, construindo lentamente um orgasmo de ver estrelas. “Qualquer variação é normal, desde que funcione como um aditivo, e não o motor de arranque para que o sexo aconteça”, pontua Marina.
Seu homem, que vai se sentir o machão-todo-poderoso, precisa ser habilidoso para a cena não se tornar cômica em vez de sexy. Se decidem usar algemas, por exemplo, certifiquem-se de que as chaves estão à mão. Aliás, todo cuidado é pouco com objetos que possam machucar. Indispensável também descobrir seus limites. Às vezes, ser vendada é mais do que suficiente para você esquecer o que a incomoda no próprio corpo e curtir a transa a valer. Ou, então, o que a excita é sentir-se apavorada até o último fio de cabelo. Pesquisas mostram que o medo pode ser um afrodisíaco poderoso — desde que o casal não exagere na dose, ou estragará tudo. “Qualquer jogo erótico precisa ser seguro e consensual e não deve provocar dor física ou emocional”, alerta a especialista. “Não é porque esse tipo de sexo contém elementos de conquista à força, recebendo o nome técnico de estupro fantasioso, que vamos confundir com atos de violência e agressão.”
Que tal combinar com seu homem um código íntimo e pessoal para sinalizar sim e não? A executiva Maria Eduarda experimentou a aventura com o namorado. “Na noite marcada, o Marcelo me vendou, me jogou no banco de trás do carro e me levou ao apartamento vazio de um amigo da faculdade. Ele prendeu meus pés e mãos na cama assim que entramos e acendeu uma luz forte para eu não ser capaz de identificar o homem que tocava meus seios, rasgava minha roupa, me penetrava com os dedos (um, dois, três...) e respirava ofegante sobre meu rosto. Mal consegui conter o tesão quando ele finalmente me possuiu. Meu homem fez o que quis comigo, me virou do avesso. Mas, apesar de mostrar um lado que eu jamais havia visto, sabia que a situação estava sob controle. Se me desse vontade de parar, bastava falar clemência que o Wander interromperia a farsa. Amparada por essa segurança, tive orgasmos e mais orgasmos a perder de vista.” Uma vez que vai brincar com o perigo, só entre nessa ao lado de alguém em quem confie completamente. Estabelecendo regras, o resultado será prazer em último grau.

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